quarta-feira, 1 de dezembro de 2010

A tia solteira adolescente


”Tia solteira” é um termo usado para mulheres que chegam a uma certa idade de existência sem ter um relacionamento significativo. Pelo menos diante da sociedade.
Freud constantemente usava distúrbios sexuais para explicar comportamentos. A partir desse pré suposto freudiano convencionou-se socialmente que toda mulher chata, impliquenta, ranzinza, que reclama o tempo todo, fofoqueira e maldosa, teria seu respaldo “Fred Kruguiano” na falta de sexo.
Ainda bem que Jung não está vivo para constatar que o estereótipo da “tia solteira” expandiu seus limites na pós-modernidade.
Quem nunca viu uma tia solteira adolescente?
Aquela menina que mal começou a vida amorosa e já dá indícios de ter o dedo podre. Mal começou a dar e só dá para o cara errado. Ela sempre acha que o problema está nos outros. Nunca ninguém foi suficientemente bom, por isso não dá certo com ninguém. O problema é que esse tipo de gente não tem capacidade de discernir o interesse dos pretendentes e confundem os motivos pelo qual seus parceiros se sentem atraídos. E sempre escolhem os caras que pouco tem para oferecer, por pouco querer aproveitar de quem elas são.
As “tias solteiras adolescentes” nunca percebem como incomodam os amigos ao seu redor com seus lamentos sem fim, com suas conversas pessimistas, com os clichês clássicos utilizados por pessoas que mais vivem crises do que alegrias conjugais;
“Eles são todos iguais”,
“Só querem as mulheres para sexo”,
“Não existem mais homens bons, os que se salvam ou são casados ou são viados...” etc.
São incapazes de se sentirem felizes porque algum relacionamento vivido por um dos seus amigos está dando certo. Além de agourar ela torce para o relacionamento fracassar pra ela poder dizer: “Eu te avisei”.
Às vezes elas fazem campanha contra. Empenham-se em prever sempre o pior. O mais ridículo é que fazem isso sobre o pretexto sem vergonha de estar zelando e querendo o bem para a outra pessoa:
“Olha, aquele cara é um sádico, um fingido, ele vai te enganar. Ele é atirador de elite, mira para todos os lados, você está sendo inocente, quando ele tiver o que ele quer ele vai te largar, ou então vai continuar dando em cima de suas amigas.”
A inabilidade afetiva é tratada por esse tipo de pessoa não como uma doença relacional da qual se tem que tratar com seriedade, mas como experiências que a gabaritam e credenciam curricularmente para escolher pares para outros ou para intuir qual relacionamento dará certo.
Uma mulher frustrada amorosamente quase nunca busca caminhos sadios para não mais se emaranhar em suas próprias teias, constantemente se transforma em uma “tia solteira”, adolescente, jovem ou velha; Sempre insatisfeita com sua vida e com a felicidade dos outros.

Um comentário:

  1. Até que enfim parou de estrelismo e voltou com o blog :)

    Postagem nova no meu tbm. Comenta lá

    XerOo

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