quinta-feira, 20 de fevereiro de 2014

Sustentabilidade no amor

A pós modernidade tem seu preço. O frenético ritmo do dia a dia demanda em seu favor soluções simples e práticas para problemas variados. A superficialidade em busca de imediatismo nos levou a era da descartabilidade. Alguns ainda nadam contra a maré e preferem o copo de vidro, ou o prato duralex. Talheres Tramontina estão em extinção, são artigos de luxo. Ninguém mais lava a roupa suja nos relacionamentos. Ninguém se sacrifica no esforço domestico de provar sentimento ao lavar a louça da pia da existência de dois. Ninguém quer investir, ninguém tem paciência, todos querem um sentimento mais prático, que não dê tanto trabalho. Eles não tem tempo para perder. E quando perdem, é só até conseguir o que quer; as vezes é estabilidade de uma casa limpa,ou segurança pra enfrentar a vida, as vezes é só um mimo. E, depois de por o outro para trabalhar por um ambiente saudável, vem a troca de fechadura. O sujeito volta pra casa num dia achando que fez tudo certo e a chave nem entra. - Mas o que eu fiz de errado? Nasceu em tempos maus. Apenas isso. Na pós modernidade nós estamos fadados a agradar o outro pelo tempo que ele quiser. Relacionamento tem a ver com uns, e não com dois. E na ciranda do descartável, bem que poderia rolar um lance de sustentabilidade para salva mundo pro amor.

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