quinta-feira, 20 de fevereiro de 2014

Gostaria de ter estado no lugar errado e na hora errada. Mas não foi assim. Infelizmente não tive a sorte de ocupar esse espaço nesse determinado tempo. Não gostaria de mostrar minha indignação aqui, preferia mostrar na hora e isso me dói a cabeça de raiva, porque gostaria de ter presenciado tais cenas. Na ultima semana os amigos da uneb estavam no encontro nacional dos estudantes de pedagogia realizado em Belém do Pará. Na quarta feira todos deram um folga nas atividades para recarregar as energias. Um dia livre de programações para se fazer turismo ou simplesmente descansar. Os amigos da uneb foram a uma ilha. Tudo estaria em sua perfeita ordem se 4 elementos não surpreendessem um grupo que decidiu tirar retratos a poucos metros do grupo maior. Um dos marginais colocou um caco de vidro no pescoço de um dos garotos, esse um guia de Belém que os conduzia, e diante da ameaça recolheu os pertences do grupo. Ainda bem que nada de grave os aconteceu. A violência é comum, infelizmente nós tempos que admitir que a cada dia as agressões são mais normais. Em outras duas ocasiões em que um grupo saiu, quase foram abordados por duas vezes, ambas por dois marginais prontos para roubar. Mas nessas vezes eu estava junto e nunca agradeci tanto a Deus pelo preconceito. Sim, porque eu tenho 1,80m, meus braços não são tão finos e tenho 13 tatuagens, além da cara feia. Difícil roubar alguém tatuado do meu tamanho, quando os caras se aproximaram eu tmb me aproximei deles, em um das ocasiões com duas garrafas na mão. Graças a Deus que não tive que usar, estava cansado de tomar Skol e depois de duas semanas eram as minhas primeiras Stela Artois. Não obstante, a frequência da bandidagem aumentou a ponto de nos ser comum. Bem, se é tão comum vc deve estar pensando porque eu estou perdendo tempo relatando algo corriqueiro. Eu respondo; na verdade eu estou escrevendo para mostrar a minha indignação pela pior categoria de bandido. Na ocasião em que meus amigos foram assaltados eles solicitaram aos policiais militares que faziam ronda na área do assalto que os acompanhassem ate o ponto de ônibus por que estavam com medo de ser assaltados outra vez. - cinquenta reais. Essa foi a resposta do policial. Isso mesmo, ele cobrou cinquenta reais para acompanhar o pessoal. Ser assaltado por ladrão já é ruim, agora imagina pela policia. E sem saber a quem recorrer, fizeram bem em não denunciar e em sair calados pois na terra alheia visitante não tem língua. Não que isso seja certo, devemos sempre denunciar, mas há milhares de quilômetros de casa sem ter quem interceder a favor, sem saber se entrara no carro e será visto outra vez, é melhor recuar calado e engolir o desaforo do bandido da lei. Acho que foi bom não estar lá, odeio bandido institucional. Bandido que vc não pode chamar de ladrão porque se não ele te prende por desacato a autoridade. Como pode um ladrão me prender? sob a alegação de eu desacatar que autoridade?
A de roubar em nome da lei¿ País vagabundo onde até o pobre que deve me proteger me assalta. Veio do mesmo lugar que eu e prefere ferrar um igual. Não é exclusividade do Pará, obvio. Mas que fique aqui essa manifestação de repudio a todo bandido fardado. Eu pago o salário dele e ele ainda quer me roubar. No mais agradeço a Deus pela saúde dos meus amigos que já estão em plena atividade nas suas ocupações. Outro dinheiro eles vão ganhar para comprar tudo de novo, mas a honra de quem os lesou ou se propôs a fazê-lo nunca será recuperada e a vida com certeza vai cobrar caro. Aos meus amigos; tomem cuidado porque temos que andar com uma certa paranoia para não ser surpreendidos. Aos policiais envolvidos no episodio; VÃO SE FUDER.

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